BULLYING
"O pior é que os pais são cúmplices"
A escritora americana especialista em bullying diz que crianças e adolescentes que agridem e humilham colegas são acobertados em casa - e que as escolas em geral se omitem
Revista Veja - Ed. Abril. ed. 2258 - ano 45, nº 9, 29/02/2012, pp. 17 - 21. (versão impressa)Texto Monica Weinberg
A entrevista é muito mais que o anunciado. A autora de "Quenn bees and wannabes" (Abelhas-Rainhas e Aspirantes", em tradução literal) traz algumas questões interessantes para pensarmos sobre o fenômeno bullying: uma é seu assentamento sobre a questão do preconceito e da intolerância ("O bullying nada mais é do que uma demonstração exacerbada da aversão às diferenças" "E o curioso é que esse tipo de manifestação preconceituosa aparece até mesmo naquelas famílias de gente muito lúcida, de forma quase invisível"). Outra que eu gostaria de destacar é a diferença das práticas das meninas. A autora descreve uma crueldade maior daquelas que têm uma compreensão muito clara de como a outra se sente. Nossa "sensibilidade feminina" estaria nos ajudando a ser mais cruéis?!
ResponderExcluirHá outros pontos interessantes como a influência da internet no processo identitário de crianças e jovens atualmente e também a culpa vivida por mães e pais mais complexos gerados (eu diria) na pós-modernidade, que acabam fazendo muitas concessões aos filhos e sendo incapazes de criticá-los e corrigi-los.
E, é claro, a omissão da escola que não percebeu que "a internet demoliu certas fronteiras físicas de forma avassaladora, como a que separava a casa da escola".
Bem, convido-as/os à leitura e à ampliação do debate!